Dando prosseguimento à segunda parte de nossas considerações, falaremos de sensualidade, dentro da trilogia que abarca um universo de situações através dessa viagem cósmica que muito nos fascina, sabendo podermos mergulhar nas sombrias paragens dessa floresta obscura do inconsciente, quando nos sentimos flutuar nessa atmosfera mágica em que não temos nada papável para nos agarrar, a não ser, recorremos aos grandes iluminados que, em seus momentos de êxtases, sintonizam-se nas profundezas abissais da superconsciência conseguindo informes de alta preciosidade, nem sempre revelados ao pensamento analítico hodierno.
Trataremos hoje de uma abordagem que, aparentemente, remete-nos a pensar em coisas triviais e de superficialidades quando, na realidade é, no fundo, uma perfeita camuflagem que diz muito respeito à perpetuidade, não apenas como espécie, mas da nossa própria transcendentalidade, à medida que avançamos no processo evolutivo, como se fôramos uma nave espacial, cujos estágios vão se desprendendo ao longo de sua trajetória, queimando etapas em sua ascensão rumo ao infinito,
A natureza é pródiga de exemplos de um fenômeno biológico conhecido como mimetismo, cuja finalidade é a camuflagem dos seres vivos no seu habitat ajudando-os a se disfarçarem como estratégia de proteção contra seus predadores, não, porém, para os de sua própria espécie, visando sua sobrevivência.
Esse mecanismo é produzido nas profundezas do inconsciente pelo seu psiquismo, pois acompanha todos os seres vivos na cadeia evolutiva, é uma das amostras que citaremos como exemplo de artimanhas para atingir seus objetivos maiores.